Nosso bem-estar está relacionado ao equilíbrio das diferentes áreas que compõem nossas vidas, como trabalho, relações sociais, família e grupos aos quais pertencemos. Mas também o cultivo da terra tem um efeito positivo na saúde física e mental e, ao mesmo tempo, representa uma ação política. O contato com a natureza e o aspecto comunitário têm um efeito terapêutico, pois nos lembram do que é inerente ao ser humano: ser social e criativo, características que são reduzidas na sociedade materialista, individualista e voltada para o consumo em que vivemos. Durante os eventos de Agricultura Participativa, oferecemos treinamentos do solo ao corpo, ensinamentos agroecológicos, métodos sobre sistemas agroflorestais, produção de fertilizantes com recursos locais, cultivo de alimentos e criação de novas receitas. Ao contrário da compra no supermercado, onde geralmente comemos com os olhos e consumimos produtos que apenas nos satisfazem mentalmente, em vez de nutrir nosso corpo. E, ao buscar os superalimentos que crescem na Amazônia, colhemos o que a terra oferece: carboidratos poderosos, que podem não apenas substituir as batatas portuguesas e o arroz importado, mas também nos proporcionar mais saúde, acesso e liberdade.
Como já disse Hipócrates: “Que o alimento seja teu remédio, e o remédio seja teu alimento.”